18/05/08

a melodia mais perfeita

A experiência de amar suscita perturbações, nenhuma como amar alguém acima do nosso próprio ser. Sem que entrevejamos, estremecemos mais do devemos e isso torna-se quase doloroso. Não se torna quase doloroso, é mesmo pungente, absoluto, incomensurável, eterno, sem limites, pleno. E por essa pessoa, por esse pedaço de nós, que afinal não é nosso, morremos, por amor, sem explicações, sem qualquer desagravo. É a melhor, a mais perfeita, união entre dois seres. Como alguém já escreveu, nas nossas entranhas, quando pensamos nesse nosso amor, ouvimos violinos, ouvimos a melodia mais perfeita a apaziguar a nossa alma: sempre.

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