24/02/09

The Backwoods

A curiosidade às vezes não mata o gato.
Pela curiosidade vão-se descobrindo coisas que se não fosse por ela ficariam assim: por saber. Descobri este filme, hoje, um filme de um espanhol (Koldo Serra), com um americano (Gary Oldman), um inglês (Paddy Considine), uma francesa (Virginie Ledoyen) e uma espanhola (Aitana Sánchez-Gijón). E mais espanhóis, e outros que mais. Uma boa mistura, uma boa surpresa. Às vezes acontece, nem sempre são banhadas directas do Blockbuster.
Koldo Serra

The Oscars



Winners

2009

21/02/09

Lancheira

Tenho pena que este blogue tenha terminado. Mas, sem saber como nem porquê, sem fazer questão de saber, compreendo as palavras de despedida. Um gajo porreiraço é sempre motivo de "insultos anónimos" e "inveja". Eu não conhecia o autor da Lancheira. Pedro, parece-me. Nem sei como cheguei ao blogue. Mas que é um porreiraço, lá isso não tenho dúvidas! Só um porreiraço (inteligente) sabe fazer rir. E eu ri-me algumas vezes com os textos. Como diz o Pedro, sobra-lhe mais tempo para fazer muitas outras coisas. (não sei se não estará na grande tanga que é homem para isso ...parece-me que não)

20/02/09

tráfego

O tráfego anda intenso. Muito intenso. Eu, que não sou grande (também não sou pequeno – esta explicação seria desnecessária, enfim ...), alerto e anoto que dou conta de todos os recados. Mesmo desdobrando-me em mil, às vezes em milhões. É que já não sei mesmo por onde virar, esquerda, direita, frente, travão, inversão de marcha é que nunca. Que cansativo. Intenso. Vibrante. Electrizante. Tantos adjectivos esgotantes. O tráfego anda intenso e a estrada ainda é muito longa, o caminho nunca para de aumentar. Quanto mais perto, mais vou andando. Quanto mais longe, mais me apetece ultrapassar o tráfego. Tráfego intenso às vezes é bom, é mesmo muito bom. Parar no tráfego também acontece. Aí apita-se. Afinal, para que serve a buzina?

14/02/09

blogue

A bem ou a mal há reacções, provoca-se sentimentos, suscita-se pensamentos. Não posso dar o meu tempo como perdido neste espaço. Se é muito pessoal, se me exponho demasiado, se nem toda a gente escreve com esse objectivo/orientação, se me criticam por isso (ai, e se criticam), tenho a agradecer as algumas mensagens que vou recebendo, de anónimos e de outros. Obrigado.

12/02/09

Rita Lee




Rita Lee, sempre.
Maravilhosaaaaa !
(expressão brasileira que ouvi no Canecão no Rio ...)

11/02/09

emoção ao rubro


Filme: “Irmãos”
Duração: 3’
Realizador: António





STORY LINE
Irmãos, três minutos uma vida.

SINOPSE
Irmãos. Três minutos, uma vida.
Duas crianças brincam num espaço aberto (numa sala despojada, com um quadro, dois cadeirões, um candelabro e uma fotografia a preto e branco de uma menina de 10 anos).
Passam quinze anos e as mesmas crianças (agora adolescentes) entram na sala e instalam-se confortavelmente em dois cadeirões. Conversam. Riem. Discutem. Abraçam-se. Entra uma rapariga e saem os três.
Discoteca e muita gente. Música alegre, contagiante. Os três dançam com um grupo de amigos. Divertem-se. A rapariga cai e todos olham para ela. No instante seguinte, levanta-se (sem ninguém dar por isso) e desaparece. Todos estranham a ausência e choram.
Avenida Brasil. Porto. Manhã com sol. O rapaz passeia pela avenida, só e com ar distante. Ao longe, uma criança corre para ele. O rapaz sorri como não sorria há muito tempo. Abraçam-se. Uma rapariga vestida de branco observa-os sem eles darem por isso. Acaricia-os sem eles a sentirem. Abraça-os e parte.

eu também não !

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen

10/02/09

...

Actor de cinema? Não. Realização. Argumento. Mestrado e Doutoramento. Obrigado, sim. A Rita Lee continua presente na minha vida, sempre. Às vezes volta, outras vezes vai. Ciclos.

08/02/09

trabalho e tempo - outras coisas, também

Ando outra vez sem tempo. Isto não é fácil. Não ter tempo desespera. Por outro lado, o meu tempo é ocupado (cada vez mais quase vinte e quatro horas - durmo a pensar no tempo que tenho para gerir no dia seguinte) quase integralmente pelo trabalho. O que também não é inteiramente mau. Isto porque, gosto do meu trabalho, mais do que isso, vibro mesmo, são orgasmos sucessivos. A única coisa que não gosto – no meu trabalho – são as pequenas contrariedades do dia-a-dia e que não consigo controlar. E são sempre pormenores, coisas que não interessam para mesmo nada mas que estafam. Outra coisa que mói, e muito, é não poder afirmar aos outros (por meros desabafos, só) que o trabalho tira tempo para outras coisas. Para os outros, para os que ouvem (não me ouvem muitas vezes, a não ser os que estimo), vêm sempre o excesso de trabalho, ou as queixas sobre esse excesso, como sinal de arrogância. Neste mundo onde as pessoas estão cada vez mais centradas em si, dirige-se a falta de auto-estima para a inveja/cobiça da vida que os outros têm. Pois, óbvio e triste. Não estou cansado, porém. Estou, e sinto-me bem, com o desenvolvimento do meu trabalho. Se há excesso, se há prazer, o tempo não importa, o tempo, ou a falta dele, só causa adrenalina, só causa a busca de tempo para mais coisas. Outra coisa que me chateia, no meu trabalho, é não poder ser rápido da forma como gostaria de ser, como já fui, tudo quando tinha menos trabalho. É uma dialéctica imperfeita, um pouco confusa, pouco serena. Sereno também nunca fui. Cumpridor procuro ser sempre mesmo que nos últimos tempos demore um pouco mais. Este é um daqueles desabafos que apetece fazer mas que travo sempre por respeito aos outros. Aqui, neste espaço, meu, faço-o pois entendo que só aqui posso gritar o que me vai nas entranhas. Mais inconfidências, pois claro. Seja. Há sempre tempo, para além do trabalho, para aqueles de quem gostamos. Para o B. acima de tudo. Para ti, sempre! Para outros que amo também! Deixa de haver tempo para os que não nos dizem nada ou para os que não nos dizem quase nada. Assim se vão seleccionando prioridades. Assim se vai construindo a satisfação.