17/10/08

pequenas batalhas ganhar a guerra

Eu hoje não dormi nada. Acontece. Insónia, sono inquieto, tumulto interior, suores e dores de cabeça ao acordar do entorpecimento de não ter dormido em ordem. Durante o pouco sono, nos momentos em que a minha consciência inconsciente adormecia por instantes, lembranças, sonhos, com pessoas que já não vejo há anos, com amigos que nem sei se ainda o são ou se algum dia o foram, com pequenos acontecimentos passados e presentes, sempre, ainda, com aquela pessoa que já não está comigo estando sempre. Não nos devemos esquecer de nada, verdade. A nossa consciência tende a esquecer os maus momentos e a recordar os bons. Uma boa forma de protecção. Contudo, não nos devemos esquecer de nada. A nossa vida é isso, com isso crescemos, com isso aprendemos a melhorar a nossa forma de encarar de frente as realidades que vamos escolhendo e as que nos vão sendo impostas por toda a espécie de condicionantes externas. Foda-se, não gosto que me condicionem e passam a vida a fazê-lo. Foda-se, eu gostava de ser livre, de dispersar e de não ter de me regular por quase nada. Foda-se, eu também não gosto da anarquia. Eu gosto da ordem, da razão, do meu trabalho, do meu bem-estar e do bem-estar daqueles que estão comigo. Sobretudo isso! A consciência é uma coisa pesada e a minha está sempre muito irrequieta. ("I Know that feeling", Paris, Texas - Nastassja Kinsky). Eu não vou desistir de nada, vou lutar sempre, sou um guerreiro, sempre fui, sempre encarei a vida como sucessivas batalhas que embora em contínuas perdas e vitórias têm sempre como objectivo ganhar a guerra.

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