Depois de muito ouvir falar, de ler sobre a artista, melhor, de ser bombardeado com notícias sobre o assunto, de ouvir atentamente o último, pelos vistos segundo disco de Amy Winehouse, rendi-me à sua voz e à sua música. Passei o dia de São João a dormir, a ler, a escrever e …, a ouvir Amy Winehouse. Lembrei-me de um artigo que li há tempos, na revista Sábado, a propósito de Amy Winehouse, publicado na sua última página (por um palermóide sociólogo qualquer). E, agora que também já a ouvi, não posso discordar mais do que li naquele artigo. Amy Winehouse é singular. Tem uma voz portentosa, incrível, letras à altura, uma musicalidade que se infiltra, um ritmo único. Amy Winehouse é, ao que parece, e ainda, delinquente, drogada, viciada, descontrolada, doente e pode morrer a qualquer momento. O artigo da Sábado referia que Amy Winehouse era notícia apenas porque era um desastre, um malogro, só mais uma desajustada que gostava de dar nas vistas. Referia, ainda, que ouviu com atenção as suas músicas para poder opinar. E depois de ouvir concluiu que Amy Winehouse era notícia por ser transgressora, impossível por outra coisa, que este mundo anda às avessas por dar importância a uma pessoa como ela. Fácil perceber que não ouviu com atenção. Podia não gostar, mas o rodopio à volta de Amy Winehouse é, sobretudo, porque é uma grande cantora. Mesmo que por pouco tempo, mesmo que nem sempre possa cantar, ou porque está bêbada, ou drogada, ou porque não lhe apetece, ou sei lá mais o quê.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário