20/06/08

Cláudia

Hoje faria 37 anos a minha saudosa irmã. Não está cá, mas este dia será sempre o dia do seu aniversário. Parabéns, e obrigado, mais uma vez, por durante quase dezoito anos nos teres agraciado com a tua presença.
Quando as pessoas morrem passam a ter dois aniversários, o do nascimento e o da data da sua morte. Fica aqui o texto, escrito em 22 de Abril de 2008 , em sua homenagem:
Hoje é dia de aniversário. Aliás, são vários dias de aniversário – de hoje, até ao feriado de 25 de Abril. São dezanove anos de ausência, de sofrimento por uma inexistência terrena, de saudade, de muita saudade. Os quatro dias de aniversário que se iniciam hoje não são para festejar. São para reflectir, para pensar, por querer que perdure na minha memória, para todo o sempre, a existência da minha irmã que partiu. Não existe aqui mas existirá sempre comigo. Comigo e com os pais dela, que são também os meus pais, que estarão a pensar nela, como eu estou, ainda com mais saudade, ainda com mais fervor, são pais, foram e serão sempre – pais dela. Ela partiu no dia 22, adormeceu nesse dia, e despediu-se de nós, despedimo-nos dela, no dia 25 de Abril de 1989. E é com uma enorme emoção que escrevo sobre a minha irmã Cláudia, a única que tive, a única que tenho. E é, também, com um sentimento verdadeiramente límpido, pleno, sem angústias, sem traumas, mas com saudade, com ternura, com orgulho por uma pessoa como ela ter feito parte da minha existência. Como diz a mãe: “obrigada filha por teres passado pela nossa vida”. Obrigado, eu também.
Cláudia
20 de Junho de 1971 - 22 de Abril de 1989

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