18/04/09

Sindicatos e Associações Patronais

Eu juro, a sete pés juro, e não se aplica aqui que quem jura mais mente, que não compreendo, ultrapassam-me, os ideais mais do que ultrapassados dos "superiores" interesses políticos e ideológicos de um Sindicato que contrariem os "inferiores" interesses individuais e particulares dos seus sócios levando-os a defender mais a instituição do que o interesse duma pessoa em concreto. Comunismo de outros tempos, completamente ultrapassado nos dias que correm. A palavra Camarada já não faz (ou mesmo nunca fez) sentido. Stop. A expressão A Luta Continua soa-me a muito pouca coisa. Stop. Numa negociação particular, parece-me, estarei eu ultrapassado, prevalecerá sempre o interesse dos envolvidos, nunca o superior interesse de uma Associação Patronal ou de um Sindicato. Numa negociação colectiva, parece evidente, os interesses dos empregadores e trabalhadores deverão ser defendidos acerrimamente por cada um dos defensores da classe que representam. Aprendi isto há muitos anos, sou e estou grato, defendo o que represento, incapaz de contrariar os meus princípios, coincidentes com os princípios da instituição aonde colaboro. Se não fosse dessa forma seria impossível. Não posso corroborar ideias em que não acredito. Acredito nos meus princípios, acredito nos empregadores, acredito em conversações para chegar a conclusões, nunca em imposições. E por isso continuo, e por isso, numa negociação colectiva, defenderei sempre os interesses dos empregadores. Agora, numa negociação particular, há os interesses dos intervenientes, só daqueles, nunca os interesses políticos e ideológicos disto ou daquilo, do Sindicato ou da Associação Patronal. Conversações para chegar a conclusões que satisfaçam os superiores interesses de cada uma das partes envolvidas. E só. Stop. Ao longo do meu percurso, pessoal e profissional, cedo percebi que tudo gira à volta de aparências. Os fracos nem sempre são os trabalhadores, os mais desprotegidos são as mais das vezes os empregadores à mercê do despotismo da bandeira intimidadora dos trabalhadores. Stop. Não acredito em rigidez, acredito em evolução. Não acredito em inflexibilidade, acredito em lucidez. Eu juro, a sete pés juro, e não se aplica aqui que quem jura mais mente, que o autoritarismo, a prepotência, o despotismo está mais vezes do lado que à partida não pareceria estar. Não deveria estar mesmo em lado nenhum mas as mais das vezes está do lado dos trabalhadores, neste contexto, de quem os representa. As generalizações são sempre tão perigosas. Acima de tudo devemos ser gratos. E disso orgulho-me dizer que sim, que respeitarei sempre, com todas as minhas forças, aquilo em que acredito e as pessoas com quem trabalho. Sempre fui respeitado e sempre respeitarei. Não encontro isso do outro lado. Encontro subordinação e subserviência em instituições que defendem exactamente o oposto. Tudo gira à volta de aparências. Efectivamente. Sem moralizar. Stop.

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