Dizem que é mau, que faz e acontece! Arma confusão e o diabo a sete! Agarrem-me que eu vou-me a ele, nem sei o que lhe faço! Desgrenho os cabelos, esborrato os lábios... Se não me seguram, dou-lhe forte e feio! Beijinhos na boca... Arrepios no peito... E pagas as favas! Eu digo, enfim: “Ó meu rapazinho és fraco para mim!” De peito feito, ele ginga o passo; arregaça as mangas e escarra pró lado. Anda lá, meu cobardolas! Vem cá, mano a mano! Eu faço e aconteço; eu posso, eu mando! Se não me seguram, dou-lhe forte e feio! Beijinhos na boca... Arrepios no peito... E pagas as favas! Eu digo, enfim: “Ó meu rapazinho, sou tão má para ti!” “Ó meu rapazinho, ai...” Eu digo assim: “Se não me seguram, dou cabo de ti!”
(letra e música: Pedro da Silva Martins)
Deolinda
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