Não é fácil perceber os nossos comportamentos, os dos outros menos. O coração cede muitas vezes à razão. A razão oprime, por vezes não nos deixa viver em união. O coração abre, a razão fecha. A razão alerta, o coração perturba. O desassossego é permanente se ambos não se encontram, se ambos não caminham na mesma direcção. Não me sinto oprimido, também não me sinto livre, sinto-me espartilhado num mundo vertiginoso. Todos nos sentiremos assim, não, não sou o único, como na música. Eu quero, sou livre. Eu não posso, há compromissos a cumprir. Eu quero exercer a minha honra. Eu quero, sobretudo, o amor. Não falo do carnal (esse parece tão descartável). Falo do amor que todos precisamos sentir. Eu gosto dos outros, os outros gostam de nós. Os outros são aqueles de quem nós gostamos e os que queremos que gostem de nós. Só isso. Afinal, tão pouco. Porque é que, então, às vezes permanece (ou parece) tudo tão intricado?
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1 comentário:
Escrita fluente, coerente, madura como um fruto tropical; è agradável bebê-la, ou seja, lê-la.
Impressiona a lucidez - ora sensata, equilibrada, apanágio de boa formação moral.
Assusta-me a relevância prática, de pessoa integrada numa sociedade, onde a competição e o SUCESSO são desenfreados e amorais.
Contradição próxima do ser humano imparfeito(genericamente)
Nota: sugiro a leitura bo blog DISSEMINAÇÃO, assinado por FEMINOMANIA..
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