29/12/08

...

Isto não é nada normal; eu sou anormal, só pode. Isso também não é grande novidade. Bom, não sei, mas quero que se lixe, sempre evitei um foda-se, foda-se lá o disse. Após um período de férias de 23 até ao dia de hoje, hoje, hoje que retomei a rotina do costume, hoje sinto-me repentinamente mais calmo. Isto não é nada normal, conheço esse sentimento. O que a rotina faz com a gente! E a outro propósito, ou ao mesmo, assertivo lancheira! Também conheço esse sentimento. Eu, por mim, tive um Gps tomtom para ver se me oriento melhor.

27/12/08

Reviver o Passado em Brideshead

Ao escrever este texto ainda só revi parte ínfima de Reviver o Passado em Brideshead. Estou no quarto de doze episódios. É a terceira vez que vejo e outras tantas verei, tantas quanto me apetecer. Está aqui à mão e é a melhor série de televisão que vi em toda a minha vida. Escrevo este texto ao som de uma música, ao som de uma melodia com uma suavidade perfeita. A da série. A emoção apodera-se. O regozijo é deveras incomensurável. É uma obra arrebatadora. São as emoções ao rubro, o assombro visual a entrar por nós adentro. E mais será mas que não consigo escrever e só sentir. Já a ofereci a algumas pessoas, por esta altura de Natal. E esta é uma boa época para a ver, para a sentir, o espírito de amizade, da profunda amizade, o mais belo dos sentimentos. E é isso o Natal. Jeremy Irons (Charles Ryder) e Anthony Andrews (Sebastian Flyte) interpretam as suas personagens de uma forma notável. Diana Quick (Julia Flyte) belíssima e perversamente arrogante. Alguns dos actores convidados, Claire Bloom, Sir Laurence Olivier e Sir John Gielgud, mais do que superiores: o melhor do mundo, a supremacia do teatro britânico. O argumento (baseado no romance de Evelyn Waugh), a música (composta e orquestrada por Geoffrey Burgon), os ambientes, todas as personagens, a alegria, a tristeza, vários sentimentos apoderam-se de nós. Para ver, e rever, e voltar a ver.

“ (…) os afectos de nossa alma, se são extremamente intensos, ateiam-se pela vizinhança ao corpo, chegando o corpo a padecer por enfermidade o que a alma padece por sentimento.” (S, VIII, 38). Padre António Vieira

26/12/08

Harold Pinter

Este blogue tem um título, uma descrição ao título, ambos significam que passam por aqui apenas (claro, nem sempre, mas sobretudo, seria redutor) coisas da minha vida. Não é uma espécie de diário, apenas transmissão de sensações, revelação de segredos, de gostos, de sentimentos, de desabafos e de alguns delírios. E é também este o caso, o do título. Harold Pinter passou pela minha vida, pela de muita gente; aliás, curiosamente, ando a ler nesta altura o seu único romance (os anões), precisamente agora que morreu no dia de véspera do Natal de 2008. Já escrevi sobre ele nesta postagem. Harold Pinter recebeu em 2005 o Prémio Nobel de Literatura. Harold Pinter morreu anteontem.
10 de Outubro de 1930 - 24 de Dezembro de 2008

25/12/08

feliz Natal


Nascimento
Paula Rego

24/12/08

o meu pai

O meu pai. O meu pai é uma das melhoras pessoas que conheço. Uma pessoa digna, correcta, com fortes princípios morais, à moda antiga: um homem de carácter, um homem confiável, um homem de palavra. O meu pai. É, ainda, um homem difícil, hipocondríaco, desde sempre. E, à moda antiga, melhor pessoa para os outros do que para os de casa. Não sabe fazer melhor, vejo isso hoje. E não vai mudar, convenci-me desse facto ao longo do meu percurso até à idade adulta. Agora está doente, há uns poucos anos. Acho que sempre o foi. Agora está descalço, desprotegido, precisa de ajuda e não sabe como a obter. E nós, os de casa, não sabemos como o ajudar. A sua doença é das mais difíceis de aceitar e compreender. É um homem deprimido, um homem com cismas, um homem cansado, triste e solitário. Por opção, ou por outras circunstâncias, pois sempre foi estimado por todos os que o rodeiam, pelos de fora, pelos seus pais quando vivos (o orgulho que tinham nele ...), pelos seus irmãos, pela família da mãe. Sempre teve amigos, sempre o apreciaram. Foi um profissional exemplar, com vários louvores. O meu pai. O meu pai sempre afastou dele os de casa, a mãe, sua mulher, os filhos, eu, e a minha irmã que faleceu em 1989. Mas sempre esteve convencido, ainda está, que são os de casa que se afastam dele. Não é verdade, nem por mim o digo, sei-o pela mãe que sempre foi uma boa mãe para nós e uma boa mulher para ele. Também ela difícil, também ela cansada. Mas sempre presente, sempre pronta a ajudar e sempre pronta a dar, a nós, a mim, e a ele. Nesta época de Natal o meu pai está deitado, cansado, triste e infeliz. Sofreu vários revezes ao longo da sua vida, filho mais velho, cuidou da sua família até ao casamento, perdeu uma filha, tem um filho (eu) e uma mulher (a mãe) que não lhe dão tréguas. O meu pai. É o meu pai e eu sei que ele é um homem bom. Só não o sabe mostrar, a nós, aos de casa, aos que mais gostam dele. Eu hoje quero que ele venha a minha casa passar o Natal com a minha família, com o neto, com o rapaz que é o seu orgulho, o orgulho de todos nós. O B. é uma pessoa especial, é o filho que ele sempre quis ter, "ofereci-lho", eu, e é a única pessoa que o acalma, que lhe traz alguma paz. E é com ele, com o seu neto, com o meu filho, que eu quero que ele partilhe a noite de Natal. Se ele não vier cá, vamos nós lá. Mas seria bom que o meu pai saísse do marasmo em que se encontra. Eu não tenho nada a desculpar-lhe, seria um péssimo filho se ainda guardasse ressentimentos por factos que já passaram, por acontecimentos antigos, por pormenores escusados. O meu pai. É este, não tenho outro, não preciso de outro, tenho orgulho nele, não precisa de me demonstrar nada. Feliz Natal pai, aqui, em minha casa, ou na sua casa. Sempre estivemos tão perto e tão longe. Não vale a pena mais distâncias. Basta a sua presença, ou a minha, a nossa, presença consigo.

23/12/08

obrigado, acho, LOL

E porque achei graça, muita graça, aqui fica o comentário a esta e a esta postagens enviada pela Feminomania:
O seu nome "toninho" realça o lado marialva, do machão português: é jocoso, bronco, chico-esperto, cheira a cavalo e está sempre na crista da onda! julga ter crista e ser respingão; mais não é do que a adulteração vernácula da pureza ética, formadora do ser humano social e culturalmente equilibrado. Só se afirma quando fornica...os outros e em sentido lato.

20/12/08

Os Contemporâneos

A melhor série de humor portuguesa dos últimos anos. Os Contemporâneos! Basta ver isto, isto, mais isto e muito mais. Quanto ao Herman, e como já deve andar pela idade da reforma, bora para casa (bom, o homem diz cada coisa, veste cada coisa! será aparentado com o Castelo-Branco?). Quanto aos Gatos, nunca lhes achei a menor das piadas (bom, são bem Fedorentos - souberam escolher o nome, bem apropriado).

19/12/08

tempos modernos

Triste.
Hoje vi o desespero estampado nas caras de um jovem casal.
Ávidos por dinheiro.
Cheios de dívidas.
Capazes de qualquer humilhação para conseguirem o vil metal.
Neste caso, notas, tantas e tão poucas que não consegui contá-las.
Triste.
Têm ambos menos de trinta anos.
Têm uma criança pequena, de três ou quatro anos.
Têm, também, por suprimento, uma boa casa, um bom carro, e outras coisas do género.
Têm mais dívidas, a triplicar do valor dos bens que têm em sua posse.
É a vida da maioria dos portugueses.
Triste.
Perderam a dignidade e não têm sequer trinta anos.
Não têm trabalho, usam pequenos esquemas (lícitos, parece-me).
Receberam hoje algum dinheiro.
Pouco, muito pouco, para o que precisam (será que o mereciam?).
Esgotaram-nos a todos.
Triste.
Ele, desesperado, só caralhadas lhe saíam de dentro.
Ela, desanimada com tudo, faltou chorar.
Saíram rápido, depois de tanta perseguição, levando consigo algum dinheiro para se safarem de alguma coisa.
Boa sorte. Porém, adeus.
A honra podem encontrá-la outra vez.
Triste, acho.

António

Bom, alguém que lê este blogue (e que até me lê melhor a mim) quer que eu mude o nome Toninho. Quer é forte, sugere. Sugere também é fraco, vai insistindo com alguma força. Os homens não se vergam às mulheres. Esta mulher também não se verga a quase nada (também é por isso que eu a aprecio). Relações de forças brandas, tempestuosas também. Gosto disso. As fracas não me atraem. Mas eu não mudo, para já. Não que eu tenha alguma coisa a ver com o reproduzido abaixo (se calhar, sei lá ...). Mas a letra até tem bem piada. E é bem melhor ser malandro do que tóninho. Com acento, como convém, para destrinçar. O nome sugere várias coisas, enfim. Tóninho, de tonho. Toninho, de rufia. Toninho, de nada. Toninho, de muita coisa. E como eu gosto de tascas, tasquinhas e afins, fica, para já, TONINHO. É o meu fado, não aquele, mas outros fados.
Ass. António.

FADO TONINHO

Dizem que é mau, que faz e acontece! Arma confusão e o diabo a sete! Agarrem-me que eu vou-me a ele, nem sei o que lhe faço! Desgrenho os cabelos, esborrato os lábios... Se não me seguram, dou-lhe forte e feio! Beijinhos na boca... Arrepios no peito... E pagas as favas! Eu digo, enfim: “Ó meu rapazinho és fraco para mim!” De peito feito, ele ginga o passo; arregaça as mangas e escarra pró lado. Anda lá, meu cobardolas! Vem cá, mano a mano! Eu faço e aconteço; eu posso, eu mando! Se não me seguram, dou-lhe forte e feio! Beijinhos na boca... Arrepios no peito... E pagas as favas! Eu digo, enfim: “Ó meu rapazinho, sou tão má para ti!” “Ó meu rapazinho, ai...” Eu digo assim: “Se não me seguram, dou cabo de ti!”
(letra e música: Pedro da Silva Martins)
Deolinda

18/12/08

C7

C7
Extraordinário actor, este Nuno Lopes.

...

Se Portugal precisa de uma alternativa de Governo ,qual a alternativa existente? Eu sei que urge uma alternativa, quase todos poucos sabemos, há aqueles que insistem no senhor Primeiro-Ministro, tantos, valha-nos Alguém! A questão não é afirmar que precisamos de uma alternativa de Governo, pura demagogia, a resposta é apresentar uma alternativa concreta. Qual? Eu não vislumbro nenhuma, mesmo nada. Atrevo-me a concordar com o meu amigo Gabriel (Blasfémias) quando escreve, ou cita, nunca sei: "O PSD acabou: a direcção do partido anunciou a candidatura de Santana Lopes a Lisboa."

17/12/08

Nanni Moretti


Hoje, no "Público":
"Não sei se quero continuar a fazer sempre o mesmo filme"

Pois, nem eu. A repetição cansa. Mas há tanta coisa nova. Tanta coisa em mudança. Por exemplo, hoje comprei um frigorífico e uma máquina da roupa novos. Sei lá, os pequenos nadas animam a vida. E se falar em móveis, aos montes, novos, para o escritório? Ainda melhor! Brincadeiras à parte, Nanni Moretti fez "O Quarto do Filho" ! Quem faz um filme destes torna-se imortal. Sem mais discussão.

cromos há muitos

Estive num jantar de Natal. Desses que se fazem por esta altura, jantar de Natal por altura do Natal. Correu bem, estava tudo muito bem-disposto. No meio de muitos, sempre um cromo, no caso uma valente croma com um filho bastante cromo. Cromático, sinónimo, antónimo, de qualquer coisa que repele os outros. Um filho que a crescer assim irá ser bem a cara da croma: personalidade zero, fibra gordurosa, o verdadeiro cromo lambe-botas. Bom, se fosse escrever sobre o cromo progenitor masculino não sairia daqui. Não vale a pena. Como sou avesso a essa merda, foda-se! Não se fala assim de uma criança, eu sei, mas trata-se de um caso verdadeiramente especial. As crianças mal-educadas são tão assustadoras. Também pudera, com os pais que tem.

16/12/08

babado não, orgulhoso e feliz!

Perceber que o nosso filho tem fibra e personalidade é das maiores alegrias que podemos, ou posso ter eu. Muito mais do que qualquer outra coisa. Sabê-lo forte e determinado é motivo de grande orgulho, de grande excitação, de grande alegria. B., és o maior! Ser pré-adolescente está a ser bem cool.

12/12/08

Jane Fonda ...

... e como se pode envelhecer bem. Triste figura vi ontem, ao fazer zapping, da apresentadora de televisão (não me venham dizer que é jornalista) Manuela Moura Guedes. Esta senhora deveria começar o seu jornal dizendo: "Boa noite, eu sou a boneca virtual conhecida por Manuela Moura Guedes". Ainda por cima, tão básica! Confrangedor! Não sei o que me deu para comparar a Jane Fonda àquela outra. Enfim, "singularidades de um rapaz do Norte" - quase parafraseando carago!

11/12/08

cem velas

Nascido a 11 de Dezembro de 1908, o mais antigo realizador do mundo sopra hoje cem velas , a rodar as cenas finais do seu último filme "Singularidades de uma rapariga loira". E já há um novo projecto para um novo filme. Aproveito para corrigir aqui este texto onde referi (antecipadamente) os cem anos de Manoel de Oliveira. Parabéns!

10/12/08

agradecimento

Obrigado! São poucas as palavras para descrever o que senti ao ver o seu filme. Há cinco filmes portugueses de que gosto especialmente:
1. Manhã Submersa - Lauro António, 1980;
2. A Outra Margem - Luís Filipe Rocha, 2007;
3. Party - Manoel de Oliveira, 1996;
4. Vale Abraão - Manoel de Oliveira, 1993;
5. Os Verdes Anos - Paulo Rocha, 1963.
Há tantos outros ... O cinema português é para ver, ver e ver. E rever, rever e rever. É nosso e é bom. E ponto final.

08/12/08

António Alçada Baptista



Li o livro "Peregrinação Interior I - Reflexões Sobre Deus" aos dezassete anos, obrigado, a Universidade Católica Portuguesa assim o exigia. Foi o padre da minha paróquia - Foz do Douro - quem mo emprestou, lembro-me, afirmou que seria um livro difícil para um adolescente. Mas li-o, contrariado, e afinal gostei. Ainda por cima, naquela altura, foi exactamente o tema do meu exame de admissão à Universidade Católica Portuguesa. O padre ficou zangado, sublinhei-o até à exaustão. Tive de lhe comprar um livro novo e fiquei com o velho rabiscado. Não sei onde o livro pára, já não o tenho comigo. Nunca mais o esqueci.
António Alçada Baptista
1927-2008

07/12/08

os dez mais ...

1. Paris, Texas - Wim Wenders, 1984;
2. A Estrada - Federico Fellini, 1954;
3. Tudo Sobre a Minha Mãe - Pedro Almodóvar, 1999;
4. Noites de Cabiria - Federico Fellini, 1957;
5. Fala com Ela - Pedro Almodóvar, 2002;
6. Bruscamente no Verão Passado - Joseph L. Mankiewickz, 1959;
7. Tess - Roman Polanski, 1979;
8. Laura - Otto Preminger 1944;
9. Strombolli - Roberto Rossellini, 1949;
10. Belíssima - Luchino Visconti, 1951.

06/12/08

...

Revi este filme há pouco tempo, por altura da morte de Paul Newman. Gostei do filme, dos actores, gosto do realizador Richard Brooks, gosto de Tennesse Williams (as suas peças, os diálogos, sempre uma tempestade de emoções). Apesar dos elogios, feitos por este Ilustre Senhor, não concebo qualquer tipo de comparação entre Geraldine Page e Lili Caneças. Apreciei, sobretudo, a referência a que a última senhora é por si só uma actriz (ou seja, não é uma senhora) - facto esse que lhe trará alguma vantagem na peça. Eu, por mim, passo. Esta peça, com esta gente, claro. Já agora, porque é que este Ilustre Senhor não nos oferece outro filme como este?

detalhes

Às vezes parece tudo tão sério.
Outras, parece que anda tudo a gozar.
Foda-se, se não somos autênticos não vale a pena.
Eu não posso pensar que estou com alguém e esse alguém não é ninguém pois é tudo menos aquilo que está a mostrar.
E isto acontece todos os dias, a todas as horas, a todos os momentos.
Se não vivemos com alguma inocência não podemos ser brava gente.
Inocência, coragem, determinação e força.
Inteligência sempre alerta.
Tudo finge, mas só o poeta é que é o verdadeiro fingidor.
Ontem encontrei um velho amigo, conhecido.
Tão pueril, tão inocente, ainda, passados tantos anos.
O extremo oposto.
Até comoveu, até doeu. Igual a tantos anos atrás, tão só, tão triste, sem ninguém. Será? Pareceu.
O que terá pensado deste lado daqui?
Quase nem falei, quase nem opinei. Fiquei a ouvir. Fiquei a observar.
Sentiu-se desconfortável, senti. Foi embora. Não perguntou por nada. Eu não me atrevi a perguntar por quase nada. Limitou-se a falar dos nossos colegas "famosos", a dizer mal, a dizer que não aparecem bem em televisão, que estão velhos, carecas, gordos, a televisão não os favorece, a vida deles não vale nada. Como é que isto é possível?
Achei tão triste. Afinal que vida, ou que vidas, merecem a pena amigo?
É tudo tão simples, basta olhar de frente.
É tudo tão simples, basta construir alguma coisa.
É tudo tão simples, basta viver bem.
A felicidade, de qualquer forma, é tão abstracta.

04/12/08

brava gente nossa

Pelas mais diversas circunstâncias vamos perdendo gente, ou gentes, ao longo da nossa vida. Há gente de família que não perdemos mas que estão lá longe, lá longe, lá bem longe. Passados tantos anos só existem as memórias passadas e as mais recentes já não nos dizem, lhes dizem, respeito, pena, tanto a partilhar com essas gentes, com a minha brava gente. Há a saudade. Vou lá passar, um dia destes. Há amigos a quem se vai perdendo o rasto mas que estão sempre em memória, tantos momentos passados, tantas vivências, a nossa existência de hoje não seria a mesma se não tivessem passado pela nossa vida. Mas estão longe, lá longe, lá bem longe, nem sabemos onde, não há vidas comuns agora. Há a saudade. Vou procurá-los, um dia destes. E há outros, sim, os que não estão mas que estão sempre, os que precisam de nós e vamos, os que precisamos deles e estão. Aqui há uma saudade mas suave, ténue, sabemos onde estão, sabem onde estamos. Vou já chamá-los, agora.

01/12/08

consciência social

Se o Rio de Janeiro é a Cidade Maravilhosa pode ensinar-nos, se estivermos atentos e não olharmos só à aparência, a melhorar a nossa consciência social. Três exemplos, três brasileiros, dois filmes, um livro, para conhecer melhor o outro lado Rio de Janeiro para além do cartão postal. Para ver, apreciar, e sobretudo reflectir. E agir. Quando e como pudermos. Não vamos fugir, vamos olhar e fazer. Vamos actuar sempre que for preciso. O Rio não é assim, como naqueles dois filmes, como naquele livro? Pode não ser só, mas será muito como ali, ali e ali. Cidade Maravilhosa? Pô, é!
"A psicologia social deste século ensinou-nos uma importante lição:
usualmente não é o carácter de uma pessoa que determina como ela age mas sim a situação na qual ela se encontra".

III



Tropa de Elite
José Padilha
Brasil, 2007

II



Cidade de Deus
Fernando Meirelles
Brasil, 2002

I



Inferno
Patricia Melo
Brasil, 2000
(edição em 2003)