11/07/10

“Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives”

Ontem, no Curtas Vila do Conde: “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives” (Tio Boonmee, aquele que se lembra de suas vidas passadas). O título é muito complicado. O nome do realizador tailandês - Apichatpong Weerasethakul - impossível de memorizar ou verbalizar. No filme, Palma de Ouro Cannes 2010, dedicado pelo realizador aos espiritos e aos fantasmas do seu país, deambulam os fantasmas e os espiritos da Tailândia, o espírito de uma mulher, uns seres bizarros com muitos pêlos e olhos encarnados (os macacos-fantasmas), uma cena de sexo entre uma princesa e um bagre falante num idilico lago algures em nenhures, uma gruta útero com as personagens no interior à espera da morte no lugar onde nasceram e um final completamente nonsense. Eu não percebi o final: “eu fico aqui mas vou ali e já volto”. Decerto por não ser tailandês. Decerto pelos fantamas de Portugal vaguearem numa outra dimensão. E eu a pensar que fazíamos parte de um todo, do mesmo planeta. A Tailândia estará noutra dimensão, pronto, aceito. Curioso foi perceber a cara das pessoas (olhei especiamente para a do Fernando Lopes) completamente baralhados. Certamente a pensar: e agora “vou dizer que foi uma obra-prima ou uma grande merda”?



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