Durante a Grande Depressão, nos anos 30, nos Estados Unidos da América, a maioria da população vivia mal, no desemprego, na miséria, em instabilidade total. Corrupção, crime, e tanto mais. Nessa época, entre outras "oportunidades", apareceram os concursos de dança que testavam até ao extremo a resistência dos participantes e que, perante uma audiência ansiosa pela desgraça alheia, procuravam humilhar o mais possível esses mesmos participantes. Em 1969, Sydney Pollack realizou o filme "They Shoot Horses, Don´t They?", baseado no romance homónimo de Horace MacCoy. É uma história cruel. Tudo gira à volta de uma maratona de dança onde os pares dançam numa competição maluca de forma a ganhar o prémio final. Ou só uns míseros dinheiros. Curioso perceber a actualidade do filme, do tema, nos dias de hoje. Curioso perceber que o mesmo tipo de concursos proliferam nas nossas televisões. Curioso perceber que ainda hoje se vive assim. Todos preferem os idiotas. As audiências aumentam. A população tem orgasmos. Viu-se ontem, em dia de eleições. Portugal continua com o primeiro-ministro que não merece. O povo português elegeu-o. E em bis. Mas não estamos a falar de um Cavalo num caso destes. O Cavalo é um animal portentoso. O nosso primeiro-ministro parece-me apenas um patrocinador de um concurso daqueles. 28/09/09
They Shoot Horses, Don't They?
Durante a Grande Depressão, nos anos 30, nos Estados Unidos da América, a maioria da população vivia mal, no desemprego, na miséria, em instabilidade total. Corrupção, crime, e tanto mais. Nessa época, entre outras "oportunidades", apareceram os concursos de dança que testavam até ao extremo a resistência dos participantes e que, perante uma audiência ansiosa pela desgraça alheia, procuravam humilhar o mais possível esses mesmos participantes. Em 1969, Sydney Pollack realizou o filme "They Shoot Horses, Don´t They?", baseado no romance homónimo de Horace MacCoy. É uma história cruel. Tudo gira à volta de uma maratona de dança onde os pares dançam numa competição maluca de forma a ganhar o prémio final. Ou só uns míseros dinheiros. Curioso perceber a actualidade do filme, do tema, nos dias de hoje. Curioso perceber que o mesmo tipo de concursos proliferam nas nossas televisões. Curioso perceber que ainda hoje se vive assim. Todos preferem os idiotas. As audiências aumentam. A população tem orgasmos. Viu-se ontem, em dia de eleições. Portugal continua com o primeiro-ministro que não merece. O povo português elegeu-o. E em bis. Mas não estamos a falar de um Cavalo num caso destes. O Cavalo é um animal portentoso. O nosso primeiro-ministro parece-me apenas um patrocinador de um concurso daqueles. 25/09/09
Morangos Silvestres

24/09/09
histriões
Inteligência social é uma habilidade de perceber estados internos, motivações e comportamentos de si próprio e dos outros e de agir de acordo com essa percepção.
Ora, na maioria das vezes, no nosso dia-a-dia, encontramos pessoas destituídas dessas formas de inteligência, no sentido básico em que são definidas na psicologia moderna, neste contexto também pouco interessa, já só digo no sentido básico do bom-senso. Quando num almoço de rotina encontramos um desconhecido, que se senta na nossa mesa, altera a base da conversa, só fala nele (repito, uma pessoa desconhecida embora conhecida da outra pessoa que almoçava na mesa) e no fim nos deseja “Boa Sorte”, apetece perguntar e responder:
1. Boa sorte para … ?
2. Alguém pediu a sua opinião … ?
3. Não lhe ocorreu mais nada para dizer?
4. Porque não dizer apenas “até à próxima, gosto”!
5. Olhe, boa sorte para o raio que o parta que eu já estou mesmo de saída pois não estou para aturar cromos. E "continuação" e "tudo de bom" para si também.
O pior, e se vazássemos todas estas respostas, também nós estaríamos destituídos daquelas formas de inteligência, ainda com a agravante de que seríamos apelidados de arrogantes, malcriados e filhos da puta. Afinal, tão difícil encontrar pessoas curiosas. Bom, estas coisas acontecem a todos mas eu não me apetece muito aturar histriões na minha única hora de descanso do dia. Serei anti-social?
22/09/09
Lágrimas e Suspiros
Belíssimo! Tristeza, morte, solidão, ausência, desespero, vazio, resistência à partilha de sentimentos, almas dilaceradas de todas as personagens mulheres. Um experiência arrebatadora. "Lágrimas e Suspiros"?! Acho que só nos filmes, ou seja, em permanência na vida real não é poético. É patético. Tantas incongruências, estas, as da vida real. Tantas emoções, estas, as de um filme como este. A morte pode transformar-se num poema?
Lágrimas e Suspiros, 1972
Ingmar Bergman
16/09/09
Singularidades de uma Rapariga Loura
"Singularidades de uma Rapariga Loura" é baseado num conto homónimo de Eça de Queirós. A base são singularidades. Singularidades da loura, pensamos em singularidades dos outros, nas nossas, muitas vezes a aparência revela muito pouco. A história centra-se em Macário, que se apaixona por Luísa Vilaça, com quem quer casar, até que descobre uma singularidade da sua pura noiva. O filme é sobre o reconhecimento, a passagem do ignorar ao conhecer, a decisão consciente dessa passagem quanto a uma tomada de decisão. Macário vê demoradamente a loura, apaixona-se pela aparência, propõe casamento, conhece a singularidade em causa e decide. O reconhecimento é importante, a passagem do ignorância ao conhecimento é inevitável. A tentativa de compreender a natureza do ser humano. A nossa própria natureza. Manoel de Oliveira é um centenário. A idade dará saber.
15/09/09
A morte de Bunny Munro
14/09/09
Cat People
11/09/09
07/09/09
Saraband

Entretanto leio “Filhos de Domingo”. Ingmar Bergman a escrever sobre ele próprio, recuando aos seus oito anos, na relação conflituosa que manteve com o pai e toda a sua envolvente familiar. Ainda, quero ver/rever filmes de Ingmar Bergman. Já os tenho, pelo menos doze bem à mão.


