Gosto de filmes de terror. Esvaziam a cabeça, não nos deixam pensar em nada, fazem-nos por tempos esquecer que o mundo real existe. Não que o mundo real seja mau, antes pelo contrário, mas às vezes preciso em não pensar em nada. Ora, os filmes de terror são projectados, de quando em vez, no meu cinema privado, em casa. Como ninguém aprecia, lá por casa, acabo por vê-los sozinho e na maioria das vezes apanho grandes banhadas. Além de filmes de terror assisto a verdadeiros filmes gore. Malogro total. Mesmo assim persisto e alugo filmes deste género, sobretudo em alturas como esta em que não tenho tempo para grande coisa. Mais uma vez o fiz, completamente ao calhas, e trouxe esta matemática da morte. Vários corpos são encontrados nas ruas da cidade de Nova Iorque, mutilados, com a equação WAZ gravada na pele morta dos assassinados. O início é o costume, uma dupla de detectives, um mais velho e experiente, outra, a parceira mais nova, bonita (supostamente) e inexperiente. Não vou descrever o argumento, algo original, mas atirar com a pergunta que surge logo quando a dupla descobre o significado da equação WAZ. Qual o limite da dor que suportaríamos se estivéssemos em frente da pessoa que mais amassemos e soubéssemos que seria morta quando já não aguentássemos mais a dor que nos estão a infligir? Matar a pessoa que mais amamos ou sermos mortos? Parece vulgar, contado assim, mas o filme não é (só) de terror. Trata-se de uma história de amor. E é nisso que se distingue dos milhares de filmes de terror todos aparentemente iguais. O melhor do filme: o actor principal Stellan Skarsgard. Aqui em ondas de paixão bem diferentes de Breakinkg The Waves. O pior do filme: a ideia foi boa mas não deixamos de pensar que é mais um frustrante filme de terror que não é de terror. Não pensei em mais nada, durante o filme, e gostei das últimas cenas. E Isso já é bom.
Waz, 2007
Waz, 2007
Tom Shankland
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