09/07/09

código desconhecido

Não tenho escrito nada. Não tenho tido tempo. Adormeço cedo. Acordo cedo. Trabalho, mais trabalho, igualmente trabalho e quase só trabalho. Não posso afirmar isto, perigoso, mas afirmo, ainda assim. Se comento, ouço sempre o mesmo: ainda bem, estamos em tempo de crise. Pois, e alguém se queixa do excesso do trabalho por pesar, digo, os profissionais liberais? Não. Ou se sim não. Óbvio. Desabafos, meros desabafos. Isto é generalizado, não podemos comentar muita coisa. A conhecidos, ou desconhecidos. Tenho esta tendência, de falar, de escrever, de dizer o que bem me apetece, sobre mim; mas, também, de ouvir, de pensar, de respeitar os outros naquilo que falam e desabafam comigo. Sem moralismos, sem opinar se fazem ou não fazem bem, se têm ou não têm razão. Em frente aos visados, claro. Os pensamentos, esses podem voar. Os amigos, esses podemos, mas ainda assim só se pedirem. As pessoas, em regra, gostam de desabafar. Os outros, em regra, gostam de opinar. Se fosse eu! Absurdo. Incoerente. Não há códigos conhecidos. Nem desconhecidos. Só pensar em nós para respeitar os outros. Não ter medo. Sobretudo isso. Respeito e ausência de medo. Tudo brotaria muito melhor. Código desconhecido. As inconfidências são cada vez menos. Os desabafos, pior. Stop. A escrita, essa, há tantos outros assuntos.

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