08/10/10

Lola

Depois de "Kinatay" e do espectáculo de horror a que ali assisti, ouvi dizer que "Lola", de Brillante Mendoza, era uma espécie de redenção do cineasta ao seu filme anterior, com os filipinos e com o público em geral. Pois para também a mim me redimir ("Kinatay" é mesmo terrível e eu gostei) vi ontem "Lola”. Não há sangue, não há esventramento, não há um espectáculo sanguinário como no anterior. Mas há ainda maior tristeza, muita água (parece que nos vamos afogar), sofrimentos e desilusões incomensuráveis. Não me senti redimido. Não me senti aliviado. Senti uma profunda angustia. Não sei se algum dia quero ir a Manila. Acho mesmo que não (curioso, parece que já conheço aquelas ruas …). De qualquer forma, percebi que Brillante Mendoza é de uma sensibilidade superior. E isso é sempre tão raro.

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