O que ocorre desde logo, depois de ver Milk, são os nomes de Sean Penn e de Gus Van Sant. Sean Penn, actor, excelente, muita flama. Emoção. Muita emoção. Esquecemo-nos quem é, interiorizamos logo o homem que interpreta, Harvey Milk, isso chama-se ser actor, extraordinário actor. Gus Van Sant, realizador, exactidão, força, energia, excelência na forma, contéudo, narrativa. Fulgor desde o inicio ao fim e o fim não é assim tão próximo. São 130 minutos de filme a contar a história do primeiro homem assumidamente gay a ser eleito num cargo público na Califórnia. Mais do que a defesa do direito dos homossexuais assistimos no filme à defesa de direitos humanos, das minorias, dos afastados do convencional. E são filmes como este, interpretações como esta, histórias como esta, que nos ajudam a crescer mais e melhor, que nos ajudam a tornarmo-nos homens com algumas qualidades. Como diz Harvey Milk : “(…) sem esperança os excluídos desistem. E eu sei que não se vive apenas de esperança, mas sem esperança não vale a pena viver (…)”. Subscrevo. Obra-prima? Sim, é. E já não é a primeira de Gus Van San (Elephant, 2003). E também já não foi o primeiro Oscar de Sean Penn ( Mystic River, 2003, Clint Eastwood). Aqui não há coincidências. Há talento.
Milk, 2008
Gus Van Sant
2 comentários:
Este é o meu próximo filme a ver. Já o tenho ao lado do leitor de DVD. Esperemos que coincida com a tua crítica. Obrigado.
Participa na sondagem "Melhor James Bond com Peter Sellers, George Lazenby, Timothy Dalton e Daniel Craig” até ao dia 15 de Julho 2009, em http://additionalcamera.blogspot.com.
Acabei de participar.
Abraço
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