29/01/10

Declaração de interesses

Tenho a profunda convicção, de uma forma que dispensa qualquer racionalidade (isto é, independente de qualquer construção ou opção moral ou ética), de que a escrita emotiva só é válida se a cada frase que se escreve pode transparecer uma qualquer emoção repetível, como um insight, por parte de quem lê. Aceitemos como pressuposto irrecusável que a criação que não permanece inédita é, por essência, um acto narcísico, dirigido à atenção de quem lê; paradoxalmente, impõe o nosso próprio pudor - ou seja, precisamente o mesmo narcisismo que nos impele a mostrar a terceiros aquilo que criamos - que nos abstenhamos de falar de nós. Perdoem-me, por isso, esta opção narcisíca: (in)confidências não é comigo.

Lá teremos de bipolarizar o leit-motiv deste blogue.

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