30/06/08

não é um remake - é um filme igual a outro filme

Michael Haneke fez um novo filme (2007), igual a um seu anterior (1997), Funny Games, dez anos depois, agora made in U.S.A.. Naomi Watts protagoniza. O Funny Games anterior era terrífico, o filme mais violento que já vi. Michael Haneke rendeu-se ao star system ? A ver vamos. Espero que não altere o que quer que seja, muito menos o final. Eu não acredito nisso e este filme será, certamente, ainda mais intimidante. Isto porque, e curiosamente, o tema é ainda mais actual hoje do que há dez anos atrás. Dantesco, no mínimo. Profeta, o gajo.

momentos

Momentos de reflexão – profundos! Sempre – enquanto existir! Momentos aonde não se endoidece, antes engrandecem a consciência e dão alento. Momentos meus e para os meus. Só.

28/06/08

La Pianiste



La Pianiste

Michael Haneke, 2001

Michael Haneke, o realizador, cineasta, autor, que perturba para além do limite do irreal. Quanto mais alucinante mais excitante. Nunca a indiferença, sempre a perplexidade. Total, absoluta, sem dó nem piedade.

Isabelle Huppert, a actriz capaz de tudo, francesa, bela, feia, erótica, fria ... Estonteante.

26/06/08

Suddenly, Last Summer



Suddenly, Last Summer

Joseph L. Mankiewicz, 1959

(baseado na peça de Tennessee Williams, uma absoluta obra-prima)

25/06/08

Amy Winehouse


Depois de muito ouvir falar, de ler sobre a artista, melhor, de ser bombardeado com notícias sobre o assunto, de ouvir atentamente o último, pelos vistos segundo disco de Amy Winehouse, rendi-me à sua voz e à sua música. Passei o dia de São João a dormir, a ler, a escrever e …, a ouvir Amy Winehouse. Lembrei-me de um artigo que li há tempos, na revista Sábado, a propósito de Amy Winehouse, publicado na sua última página (por um palermóide sociólogo qualquer). E, agora que também já a ouvi, não posso discordar mais do que li naquele artigo. Amy Winehouse é singular. Tem uma voz portentosa, incrível, letras à altura, uma musicalidade que se infiltra, um ritmo único. Amy Winehouse é, ao que parece, e ainda, delinquente, drogada, viciada, descontrolada, doente e pode morrer a qualquer momento. O artigo da Sábado referia que Amy Winehouse era notícia apenas porque era um desastre, um malogro, só mais uma desajustada que gostava de dar nas vistas. Referia, ainda, que ouviu com atenção as suas músicas para poder opinar. E depois de ouvir concluiu que Amy Winehouse era notícia por ser transgressora, impossível por outra coisa, que este mundo anda às avessas por dar importância a uma pessoa como ela. Fácil perceber que não ouviu com atenção. Podia não gostar, mas o rodopio à volta de Amy Winehouse é, sobretudo, porque é uma grande cantora. Mesmo que por pouco tempo, mesmo que nem sempre possa cantar, ou porque está bêbada, ou drogada, ou porque não lhe apetece, ou sei lá mais o quê.

24/06/08

eu não sou um gajo importante

Este país anda às avessas. Acho que todos o sabemos, mas noto que está cada vez mais azougado. Ontem, hoje, foi, são, dias de São João. E, como em quase todos os meus dias, o de ontem foi um outro daqueles alucinantes, por diversas razões, não interessam para aqui, também nem me apetece escrever sobre isso. Já reparei, claro que sim, que há festas de São João para os denominados actuais “ricos” e para os denominados actuais “pobres”. Há festas dessas em todas as ocasiões. Estamos no Brasil, definitivamente, estamos a caminhar para o terceiro mundo, aliás, já lá chegamos, as abjectas telenovelas brasileiras também a isso acudiram. Estamos numa época onde quem merece aparecer são quase sempre e só os inúteis. Nem sempre, claro. Por outras diversas razões, também não interessam, vim a casa, fui de casa, para a noite de São João, no meu carro, e tive de o estacionar a uns quantos quilómetros da “festa” que me estava destinada. Pediram-nos um vaucher para poder continuar de carro, perguntei de que tipo, o destino era mais à frente, não me tinha ocorrido que precisava de comprar um puto de um vaucher para poder continuar (não era dos que se compram, são daqueles que se arranjam, foda-se, eu já tinha comprado um vaucher para a “festa” e ainda precisava de um outro para o caminho?). E fui a pé, esses tantos quilómetros, à conversa com um dos meus melhores amigos. Fomos reparando, ao longo do trajecto, e porque o caminho era privilegiado, valha-nos isso, o rio Douro aos nossos pés, nas festas que iam acontecendo até chegar à nossa. De um lado do rio, acontecia uma daquelas festas com tendas montadas, com muitos flashes, com muito brilho, com muita artificialidade. Do outro lado, barracas montadas, oficinas de automóveis transformadas em tascas com sardinhas e pimentos assados, venda de bebidas, gelados, e mais se lembrassem, com muita autenticidade. Por mim, abancava-me logo ali, naqueles bancos de madeira corridos, a comer os pimentos e as sardinhas assadas. Mas lá fomos andando. Os denominados actuais “ricos”, os das festas, as das tendas montadas, pelo menos aos que aqui me quero referir, são, basicamente, os que aparecem na televisão, porra, aparecer na televisão é demais, dá um estatuto do caraças, basta perguntar a um atrasado mental que responde logo, foda-se, não vês que o gajo é importante, até já aparece na televisão, que importa o que faz, ganha a vida na chulice e aparece na televisão. Isto é tão logicamente aristotélico, interessa mais alguma coisa? Uma vez perguntei a um conhecido, a um daqueles que se vão cruzando no nosso caminho, porque é que um tal dos moranguitos, que também é modelo, ou vice-versa, ganhou o nosso Óscar para melhor modelo, ele que às tantas não seria o melhor modelo. Claro que a pergunta não era nada inocente. A resposta, além de ingénua, foi de tal forma confrangedora que nem mereceu contra-alegação. Pois, o gajo ganhou porque é um tipo que já fez umas merdas e tal e coisa e, chave da coisa, aparece mais na televisão. Também há aquele outro, explicou-me, que é um gajo importante, esse sim, modelo de referência, por acaso com o mesmo nome do amigo que referi, esse então é que é um gajo importante, repetiu, ganha montes de massa e aparece ainda mais na televisão. Não há vagar, não há! Estes tipos nem percebem, ou sou eu que não percebo merda nenhuma. Voltando atrás, os denominados actuais “pobres”, alegres, em plena folia são-joanense, lá se divertiam, genuínos, muitos deles a sonhar a que um dia destes talvez eles, também, consigam entrar naquelas outras festas e assim rumar em direcção ao outro lado. Acho que alguns até atravessariam a nado o rio, só para lá chegarem. Como é que lá chegaram os outros? O fogo de artifício do Porto foi mesmo alucinante, salvou a noite, assim como a companhia, o rio Douro e a "minha" “festa” tailandesa muito apropriada para uma noite como a do São João. Alucinante, tem de ser sempre. Às vezes não chegamos lá mas vale a pena tentar. E é isso que conta, o que importa. Os caminhos que vamos trilhando ficam sempre ao critério de cada um.

22/06/08

Jacques Brel


(Pois ..., não é português. Mas é tudo o que o Carlos do Carmo pretendia ser e não é.)

21/06/08

orgulho de ser português

É o choque, a tragédia e o horror! Esta não é uma frase minha, é uma frase de uma daquelas amigas, das que se entranharam. Há pouco tempo, mas já entranhada. Foda-se, sou um homem de muitas entranhas, acho que já me repito. Mas não é disso que quero falar, pelo menos agora, pelo menos em parte, já se percebe. Eu gosto do "nacional-cancionotismo". Gosto, pronto, é uma daquelas minhas fraquezas. Gosto. Gosto da Tonicha, da Simone de Oliveira, do Eduardo Nascimento, do Carlos Mendes, da Madalena Iglésias, dos Green Windowns, do José Cid, sim também deste. Gosto sobretudo do Paulo de Carvalho, "E depois do Adeus", gosto, porra, foda-se, sou português, gosto. Gosto da "Tourada", do palermóide do Fernando Tordo. Não gosto de outros, o Carlos do Carmo, por exemplo, não, socorro, sob nenhum ponto de vista artístico (sim, nem da tão aclamada voz), mas pronto, daqueles outros gosto. Tenho orgulho de ser português e todas essas vozes e músicas passaram pela minha infância, pela minha adolescência. Gosto da Concha, da Gabriela Schaaf, da Banda do Casaco, das Doce, da Manuela Bravo (só daquele tempo do balão que subia), dos Salada de Frutas, da Lena D´Água (sim gaja, também estás por estes lados embora não tencionasses), dos Trabalhadores do Comércio, do "Perfume Patcholy". Gosto, mais forte do que eu, sou português, gosto desta bravura destes nossos cantores, destas nossas vedetas, das nossas estrelas, gosto da Milú, do Vasco Santana, do António Silva, da Beatriz Costa, até da Florbela Queirós, de tantas outras, daquelas vedetas de revista e do cinema dos anos cinquenta, sessenta, setenta, daquelas que arrebatavam plateias, que faziam o gozo dos nossos pais, que nos conseguiram transmitir este gosto, o gosto de ser português, de Portugal, embora muitas vezes verdadeira pirosice nacional. Filipe, o La Féria, este não é só piroso, é vulgar, não gosto, melhor o Júlio Isidro, bom, também não. Gosto do Ary dos Santos, do Adriano Correia de Oliveira, do Fausto, do Sérgio Godinho, dos Trovante, do Vitorino, do Janita Salomé, do Zeca Afonso, do Manuel Alegre, do Carlos Paredes, do José Mário Branco, do Ruy Mingas, e de tantos outros, estes já de intervenção, estes já profundos, estes já para além. Gosto, sobretudo, de ser português, e toda esta mistura é nossa, é só nossa, é o orgulho de ser português, o orgulho de morrermos de amor pelo nosso país. Mas basta, já passou, não venham com revivalismo, mete nojo, cansa, já ninguém consegue ouvir, ver, rever, as antigas glórias, a R.T.P. cansa, está sempre com esta merda. O Júlio Isidro também já mete verdadeiro asco. Por falar nisso, o Scolari não é português, por isso que vá para a Inglaterra já que nem o Brasil, o seu país, o quer. Gosto de Portugal, da nossa selecção, mesmo que não tenha passado das quartas, meias, ou o raio que as parta finais. Eles eram bons, o seleccionador era só estrangeiro (alguns jogadores também, pelo menos, o Deco e o Pepe - mas bons). E, como na música, "quem faz um filho fá-lo por gosto". Não era o caso do vendedor de ilusões! E mesmo que fosse, o orgulho continua - nos jogadores, claro.

20/06/08

Cláudia

Hoje faria 37 anos a minha saudosa irmã. Não está cá, mas este dia será sempre o dia do seu aniversário. Parabéns, e obrigado, mais uma vez, por durante quase dezoito anos nos teres agraciado com a tua presença.
Quando as pessoas morrem passam a ter dois aniversários, o do nascimento e o da data da sua morte. Fica aqui o texto, escrito em 22 de Abril de 2008 , em sua homenagem:
Hoje é dia de aniversário. Aliás, são vários dias de aniversário – de hoje, até ao feriado de 25 de Abril. São dezanove anos de ausência, de sofrimento por uma inexistência terrena, de saudade, de muita saudade. Os quatro dias de aniversário que se iniciam hoje não são para festejar. São para reflectir, para pensar, por querer que perdure na minha memória, para todo o sempre, a existência da minha irmã que partiu. Não existe aqui mas existirá sempre comigo. Comigo e com os pais dela, que são também os meus pais, que estarão a pensar nela, como eu estou, ainda com mais saudade, ainda com mais fervor, são pais, foram e serão sempre – pais dela. Ela partiu no dia 22, adormeceu nesse dia, e despediu-se de nós, despedimo-nos dela, no dia 25 de Abril de 1989. E é com uma enorme emoção que escrevo sobre a minha irmã Cláudia, a única que tive, a única que tenho. E é, também, com um sentimento verdadeiramente límpido, pleno, sem angústias, sem traumas, mas com saudade, com ternura, com orgulho por uma pessoa como ela ter feito parte da minha existência. Como diz a mãe: “obrigada filha por teres passado pela nossa vida”. Obrigado, eu também.
Cláudia
20 de Junho de 1971 - 22 de Abril de 1989

18/06/08

Rainer Werner Fassbinder


Acabado de comprar. Já revi um.
A Fnac é um perigo! Só solicitações.
Das Gluck Ist Nicht Immer Lustig
A Felicidade Nem Sempre é Divertida

17/06/08

ora ainda, é só isso, não é?

Não gosto dos curiosos, dos maléficos, dos que só desejam saber o mal, para a desgraça, sobretudo só querem saber do infortúnio alheio. Já gosto dos curiosos, dos que procuram saber, aprender e que com a curiosidade só querem a sua própria ventura e a dos outros.

15/06/08

A Outra Margem

Foi uma agradável, enorme e entusiasmante surpresa. A que acabei de ter. Ver um filme, português, como a “A Outra Margem”, premiado em vários festivais de cinema, sem contar o que ia ver, comoveu-me, emocionou-me e levou-me às lágrimas. Luís Filipe Rocha é o realizador, o autor dos diálogos e do argumento. Os três actores principais, Maria D´Aires, Filipe Duarte e Tomás de Almeida são arrebatadores. A música, Pedro Teixeira Silva, Xutos e Pontapés, Amália Rodrigues e mais, comove, verga-nos de comoção. Os temas abordados são feitos de uma forma tão pujante, tão autêntica, tão sem margem, que me atrevo a afirmar que é um dos melhores filmes portugueses que já vi. Luís Filipe Rocha conta uma história, portuguesa, sem medo, para mim uma das melhores e mais bem contadas histórias no cinema português. É um filme luminoso, filmado entre Amarante (a terra vizinha dos meus antepassados), o Alentejo (a terra de minha eleição) e Lisboa. Reconheci todas aquelas ruas, praças, a ponte, as pedras das calçadas e o rio Tâmega da “Princesa do Tâmega”. Reconheci a planície alentejana, o branco, o amarelo e o dourado daquele lugar. Reconheci muitas outras coisas. Identifiquei-me com as três personagens, o Ricardo (outra surpresa, Filipe Duarte) pela sua tristeza e pelo seu desconcerto, o Vasco (mais surpresa, tão “nito” o Tomás de Almeida) pela sua alegria e pela sua sensibilidade e a Maria (Maria D´Aires, sem surpresa, que cara extraordinária!) pela sua generosidade e pelos enormes afectos que dedica a quem ama. É, sobretudo, uma bela história de afectos, de encontros, de estigmas, de normalidade na anormalidade aparente, daqueles que se encontram na outra margem mas que afinal é também a nossa, a de todos. É “nito”, muito, muito “nito”, como diz o Vasco do filme às pessoas de quem gosta. E eu gostei. Muito. Como diz uma das personagens do filme “o fogo liberta os que partem e aquece os que ficam”. Palmas. Palmas. E mais palmas. Estou muito aquecido.

A Outra Margem, 2007
Luís Filipe Rocha

Nota de Intenções

"A Homossexualidade e a síndrome de Down são, ainda hoje, estigmas que exilam seres humanos para a outra margem da vida. A moral tradicional na mentalidade dominante é, ainda hoje, causa incontornável de exclusão e afastamento. Iluminar e exibir a humana normalidade dos “anormais” é confrontar os “normais” com a sua própria e intima “anormalidade”. É propor uma ponte de compreensão entre as duas margens.”

Luís Filipe Rocha

Pieta



Pieta

Paula Rego, 2002

13/06/08

obrigado, não

Não. Eu não aceito propostas indecentes, só propostas contundentes, certas, estimulantes, vibrantes, com tesão. Não. Eu não aceito propostas decentes, decadentes, emplastros, santos de altar, beatas insossas, sem sal, só propostas audazes, inteligentes, capazes de me fazerem saltar de agitação.
Obrigado, não.

Átame !


António Banderas e Victoria Abril
Átame
Pedro Almodóvar, 1990

lacraus

É curioso perceber ao longo dos anos, desde adolescente até agora, foda-se, passaram-se já alguns anos, que os nossos supostos antigos amigos deixam muitas vezes de o ser, afastam-se, afastamo-nos, coisas da vida, interesses disparados em sentidos opostos. Lembro-me especialmente de dois, agora casados, um com o outro, claro, típicos burgueses, a simbólica família portuguesa que procura transmitir aquilo que os outros esperam encontrar nela. E tudo, claro, sem estardalhaços, o mais correcto possível, as aparências acima de qualquer suspeita. Bom, eu nunca gostei dela, sempre ironizei com ela, sobre ela, sempre me meti com ela, cara a cara, levei-a algumas vezes ao desespero. Não sou muito fácil, nunca tive paciência para pessoas como ela. Nem pessoa como ele, enfim, mas dele nem vale a pena falar, personagem secundária. Isto a propósito de determinadas pessoas que passam pelas nossas vidas, que não nos vêm anos, mas que continuam a saber tudo de nós, agora, como continuássemos em alegre convívio. Onde vão buscar tanta informação? Isto ainda a propósito de, para nos salvaguardarmos dessa gente, teremos de nos conter nos nossos dizeres, sobre a nossa vida, só porque os outros vão julgar. Eu não faço isso, não me importo que vasculhem a minha vida, que saibam dela, e que comentem aquilo que quiserem. É óbvio que há segredos, todos temos, há aspectos que não interessam aos outros saber, todos nos importamos, mas, no geral, que façam e digam o que quiserem. Eu não quero saber da vida deles para nada a não ser que não me chateiem e que passem por mim sem toques e sem arranhões. Se me arranham eu mordo. Não gosto de lacraus.

10/06/08

Rebel Without a Cause





Rebel Without a Cause
Nicholas Ray, 1955


(Não tem sentido doutra forma. Essa é uma certeza que tenho como absoluta, mesmo que pareça, ou seja, infantil)

09/06/08

princesa Fiona e a nossa selecção



Quem é que fez o equipamento da selecção? A camisola é mesmo estilo Marisa Cruz – desfile Fátima Lopes. O decote é hilariante. O pior, ou o melhor, é que já tenho uma destas em casa. Parece-me que a Marisa Cruz ficava bem com a camisola; já a Fátima Lopes não fica bem de nenhuma forma. Por falar nisso, há um raio de uma anoréctica, escanzelada, gigante e cadavérica, que vi um dia destes ao vivo e a cores, que ficava mesmo bem como Fiona no Sherk (o nome é o mesmo, porém a Fiona do filme é muito mais bonita). Mas não, é só mais uma das personagens (bizarras) dos desfiles da nossa pior estilista. Prefiro a Maria Gambina, tem um estilo bem mais cooll e apropriado.

Le Notti di Cabiria



Le Notti di Cabiria, 1957

Federico Fellini


(filmes que não se esquecem ..., nunca.)

08/06/08

surpresa

Há tempos vi isto.
Ontem vi isto.


Quem é esta Ellen Page?
Acho que vale a pena ver aqueles dois filmes.
Vi o "Juno" (Jason Reitman, 2007) porque tinha visto o "Hard Candy" (David Slade, 2005) e agora quero ver mais.

07/06/08

Parabéns !

Bernas.
12 anos.

Sim, já é um pré-adolescente.

06/06/08

preconceito

O preconceito significa uma opinião formada sem reflexão. Isto pode levar-nos a várias incongruências, a várias irreflexões, impedindo-nos de observar com total abertura tudo quanto está à nossa volta. O preconceito impede-nos de pensar, de reflectir e, sobretudo, a apreciar sem analisar todos os factos. E isso não é nada bom. É péssimo, castrador e desastroso. Quantas vezes julgam (julgamos) os outros pela imagem? Quantas vezes não se consegue (conseguimos) gostar dos outros por puro preconceito? Quantas vezes não se descobrem (descobrimos) coisas porque não são convenientes, ou alguém nos disse que não? Eu gosto de reflectir. Eu não gosto de opinar sem antes observar. Eu não gosto do preconceito. E escrevo só sobre este tipo de preconceito, há tantos outros. Se eu fosse preconceituoso estaria absolutamente impedido de escrever o que quer que fosse. O preconceito pelo preconceito dos outros poderem julgar. Ou, então, acharia que não, que estaria tão acima de qualquer preconceito que nada me afectaria. E isso também não.

Ora, foda-se, não era o que mais faltava! O preconceito significa o mesmo que o medo.


Giulietta Masina






  • Giulietta Masina
  • La Strada, 1954
  • Federico Fellini
  • (e como a beleza está muito para além de qualquer estereótipo)

05/06/08

observar

isto e isto

Gosto.
Pronto, chamem-me frívolo, não me importo! É que não me importo mesmo.
Também gosto da Brigitte Bardot, ora!
E, finalmente, descobri como se fazem os links.
O caminho que há a percorrer neste domínio! Podia pedir auxílio, mas ..., melhor sozinho.

Far From Heaven


Far From Heaven, 2002
Todd Haynes

ASAE

Não gosto de transcrições, de citações, ou aparentados. Contudo, a notícia publicada hoje no “Jornal o Público” parece-me curiosa. Até porque, por outras formas, processuais e ademais, tenho defendido ideias semelhantes. A ASAE sabe; a ASAE não gosta. Não se pode deixar de afirmar que a nova polícia anda mesmo à deriva nas suas terríficas e burlescas actuações.
Fica a notícia. Isto porque, ainda não sei fazer links (?!).


"A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) pode ser inconstitucional, defendem alguns especialistas, lembrando que a criação desta polícia não teve autorização do Parlamento, avança hoje o “Diário Económico”. A questão foi levantada pela recente declaração de inconstitucionalidade da nova lei orgânica da Polícia Judiciária, porque não foi legislada no seu conjunto pelo Parlamento. A partir de 2007, a ASAE passou a ser considerada uma polícia criminal sem que o Parlamento tivesse sido ouvido, situação questionada, em Janeiro, pelo constitucionalista Paulo Rangel. Hoje, mantém as dúvidas, assim como a juiz Fátima Mata-Mouros. “Em matéria de polícia existe reserva de lei. Isto é, a principal palavra cabe ao Parlamento”, diz num artigo de opinião no “Diário Económico”. Mas a questão não reúne consensos. Jorge Miranda não identifica incumprimentos. “A criação de polícias não é reserva de competência do Parlamento”, diz ao jornal. A ASAE foi criada em 2005 (...)".

05.06.2008
PÚBLICO

03/06/08

Yves Saint Laurent

Gosto de moda. Nada associado a moda, só como espectador atento. E como me parece, tenho a certeza, afirmo e não quero ser contrariado, morreu um dos maiores costureiros do mundo e um ícone cultural. Quem afirma que a moda é fútil basta observar os desfiles de moda deste verdadeiro criador. Percebe-se, de imediato, que a par de outros grandes artistas de outras tantas áreas Yves Saint Laurent era um génio. Palmas para ele, de pé e na primeira fila de um dos seus desfiles.


Yves Saint Laurent
(1936-2008)